terça-feira, 24 de julho de 2007
Há males...
... que vêm para o mal: a gripe que me deixou "de cama", fez eu descobrir que, como já disse o próprio Franz Kafka, o final de A metamorfose é ilegível... Não gostei. Blé!
domingo, 15 de julho de 2007
Batom
Manuela precisava mesmo era de um namorado. Um namorado que a fizesse perder o fôlego, que acelerasse seus batimentos cardíacos com um simples olhar, que sussurrasse em seus ouvidos poesias piegas, que confortasse sua alma e deixasse o corpo em chamas. Manuela precisava de um namorado que arrancasse seu batom com beijos desesperados... Mas infelizmente Manuela era tímida, e ela não usava batom.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Primância
Se eu pudesse escolher, seria como a minha prima. Minha prima, sempre viveu numa cidadezinha aqui da região, nunca teve a oportunidade de frequentar um bom colégio, nunca leu uma obra machadiana, e tão pouco sabe quem é Marx ou Freud, ou Nietzsche, ou qualquer outro que seja. Porém, existe algo nela que me causa uma certa inveja... Ela é uma pessoa feliz. Uma pessoa que vive no seu mundo limitado, mas que esta sempre com um sorriso no rosto, uma pessoa que não se preocupa com a vergonha que é a política nesse país, que namora um fulano X, sem se preocupar se ele parece/é um idiota, que lê suas revistas Capricho, que escuta "hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lelê" sem se perguntar "meu Deus, como alguém pôde compor isso?", que certamente numa tarde tediante de segunda-feira, liga a TV e consegue assistir os filmes sem conteúdo algum e ridiculamente dublados da Sessão da tarde, sem pensar "que merda, eu preferiria estar lendo".
Já eu, mesmo não sendo um poço de cultura (talvez nem uma poça), com o pouco que absorvi naqueles anos de aula ali no Ceta Anglo, and learning English in Marlene's house, e lendo revistas mais selecionadas, e livros, e indo a teatros e museus, e vendo filmes críticos e ouvindo Legião Urbana com os irmãos, percebo que não sou uma pessoa lá muito feliz, porque tudo eu me questiono, tudo eu critico, e não me contento com pouco. Quero viajar o mundo, conhecer novas culturas, seleciono demais as pessoas com quem converso, os filmes que vou ver, as músicas que vou escutar, o namorado que vou amar (se não for interessante, sensível, poeta, conhecedor de mundo e não gostar do filme Clube da Luta, não há hipóteses de eu me apaixonar), não aceito tudo que é imposto, não me contento em fazer parte da massa, e principalmente me sinto deslocada por usar óculos em festas, não querer ter uma nádega grande, usar roupa de brechó, não conhecer o novo hit da kelly Key, e preferir Chaplin e Keaton ao invés dessas comédias americanóides de jovens colegiais fazendo sexo e dizendo basbaquices.
Eu gosto muito de ler a Caros Amigos, o Zé Simão, o Jabor, García Márquez, Lispector, Nelson Rodrigues, Eça de Queiroz, e Victor Hugo, mas confesso que também leio Harry Potter. Até porque ninguém vive só dos clássicos, e eu tenho lá minha humanidade e a minha clichêdade. E só para constar: também gosto de neologismos. Mas, penso eu, que pelo menos leio o Potter que é clichê mas não é sujo igual aquele da Bruna Surfistinha que vende mais que água no deserto, e que o povo brasileiro ama. Minha prima mesmo, disse certa vez "admiro essa Bruna, conseguiu sair da vida da prostituição, coitada!"com aquele ar de ingenuidade e aquela felicidade que eu tanto invejo.
Ah! Como eu queria ser igual a minha prima... Mas não, eu sou alguém que ama Laranja Mecânica, Edukators, Matrix, e valoriza o cinema nacional. Porém, decididamente, eu queria ser pop, e ter olhos e ouvidos e cérebro feito penicos, iguais da minha prima, e ao ver Legalmente loira, com a galera, não achar o filme um lixo visual, e ao escutar Britney Spears, cantar em inglês errado até ficar rouca.
Só que infelizmente, esnobe que sou, gosto do Chico Buarque e do Raul Seixas, sendo que um já nem faz shows, e o outro, já morreu. Que Deus o tenha. Amém!
Já eu, mesmo não sendo um poço de cultura (talvez nem uma poça), com o pouco que absorvi naqueles anos de aula ali no Ceta Anglo, and learning English in Marlene's house, e lendo revistas mais selecionadas, e livros, e indo a teatros e museus, e vendo filmes críticos e ouvindo Legião Urbana com os irmãos, percebo que não sou uma pessoa lá muito feliz, porque tudo eu me questiono, tudo eu critico, e não me contento com pouco. Quero viajar o mundo, conhecer novas culturas, seleciono demais as pessoas com quem converso, os filmes que vou ver, as músicas que vou escutar, o namorado que vou amar (se não for interessante, sensível, poeta, conhecedor de mundo e não gostar do filme Clube da Luta, não há hipóteses de eu me apaixonar), não aceito tudo que é imposto, não me contento em fazer parte da massa, e principalmente me sinto deslocada por usar óculos em festas, não querer ter uma nádega grande, usar roupa de brechó, não conhecer o novo hit da kelly Key, e preferir Chaplin e Keaton ao invés dessas comédias americanóides de jovens colegiais fazendo sexo e dizendo basbaquices.
Eu gosto muito de ler a Caros Amigos, o Zé Simão, o Jabor, García Márquez, Lispector, Nelson Rodrigues, Eça de Queiroz, e Victor Hugo, mas confesso que também leio Harry Potter. Até porque ninguém vive só dos clássicos, e eu tenho lá minha humanidade e a minha clichêdade. E só para constar: também gosto de neologismos. Mas, penso eu, que pelo menos leio o Potter que é clichê mas não é sujo igual aquele da Bruna Surfistinha que vende mais que água no deserto, e que o povo brasileiro ama. Minha prima mesmo, disse certa vez "admiro essa Bruna, conseguiu sair da vida da prostituição, coitada!"com aquele ar de ingenuidade e aquela felicidade que eu tanto invejo.
Ah! Como eu queria ser igual a minha prima... Mas não, eu sou alguém que ama Laranja Mecânica, Edukators, Matrix, e valoriza o cinema nacional. Porém, decididamente, eu queria ser pop, e ter olhos e ouvidos e cérebro feito penicos, iguais da minha prima, e ao ver Legalmente loira, com a galera, não achar o filme um lixo visual, e ao escutar Britney Spears, cantar em inglês errado até ficar rouca.
Só que infelizmente, esnobe que sou, gosto do Chico Buarque e do Raul Seixas, sendo que um já nem faz shows, e o outro, já morreu. Que Deus o tenha. Amém!
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Marilyn Monroe
Quando minha mãe reclama diante do espelho que esta gordinha demais, eu sempre faço questão de lembrar a ela que nem sempre o padrão de beleza foi de exaltação às magrelas, afinal há algumas décadas atrás existia uma tal de Marilyn Monroe, brilhando nas telas dos cinemas que, além de ser linda e muito sensual, usava manequim 44.
E cá entre nós, ela era perfeita não!? É.
domingo, 1 de julho de 2007
Ficando velha
Seguindo a ordem das coisas, você como todos, envelhece todo dia. Aí no seu aniversário de dezoito anos, você olha pro espelho e vê que perto do seu lábio inferior do lado esquerdo, surgiu uma acne horrível. Porém, com todo o bom humor, você sorri para o seu reflexo e pensa "ao menos é uma acne, pior quando forem as rugas", mas claro, com a (in)certeza de que um dia elas também virão.
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