As cartas de amor são rídiculas...

principalmente para quem nunca recebeu uma.

Meu Mundinho Virtual

Criei um mundinho virtual dividindo minha vida em sites:
Fiz minha página pessoal no orkut.com, onde exponho meus gostos, meus desejos mais íntimos e as coisas que odeio para conhecidos e desconhecidos. E isso é quase como andar em ruas movimentadas; pois é, o orkut é uma rua movimentada onde freqüentemente você esbarra com pessoas. E sendo assim, minha página inicial é como se fosse minha casa e as minhas comunidades meus quartos, minha cozinha, meu banheiro...
Criei um blog e um fotolog, onde eu escrevo como em um diário, registrando meu dia-a-dia, reclamando da vida, falando merda e colando como nas páginas de um álbum, as fotos daquele domingo a tarde com a galera na chácara, ou ainda, as fotos posers de dias comuns, e aquelas de festas doidas que jamais esquecerei.
Visito o Youtube.com, que é minha televisão, e lá vejo os clipes de minha banda preferida, os trailers de muitos filmes e como se não bastasse ainda tem os videozinhos pornográficos (ui). Visito também o wikipedia.com, que é meu livro escolar (você não faz idéia do quanto você pode aprender). E o Google.com.br (está perdido? se procura no Google).
Entro em salas de bate-papo, que é praticamente como ir a uma balada: você bebe até morrer, só fala merda para pessoas aleatórias, mente sua idade, seu nome, e dá boas risadas.
Tenho um MSN, que é como o correio, porém muito mais eficaz, onde converso com os amigos que estão longe, fofoco com os amigos que estão perto, e conheço melhor alguns desconhecidos. Além disso, o messenger é praticamente como estar em muitos lugares ao mesmo tempo, às vezes parece uma festa, as vezes um monologo... Se meus amigos estão offline, mando e-mails.
Arrumei um namorado virtual, faço sexo através de emoticons e frequento chats e sites para menores de idade.
Às vezes eu sou a ma., às vezes a - Marcela, às vezes só mais um na sua lista, e às vezes ainda retardada_mental acabou de entrar na sala.
E quer saber? Fico feliz em ter essa vida tão prática, simples e cômoda... Tão prática, simples e cômoda, que se alguém me incomoda... DELETO.

Eufemismo

- A senhorita não me cederia a honra de penetrar meu humilde pênis em vosso tão ilustre e magnífico ânus?

- Oh, quanta gentileza... Como eu poderia negar tão honrroso convite!?

- Vamos então!?

- Claro!

No começo ele parecia um verdadeiro gentleman, mas no fim, ela acabou tomando no cu.

Meu novo terno velho...

Hoje eu estava fazendo uma limpeza no guarda-roupas, e tive uma boa surpresa quando encontrei aquele terninho do ano passado que comprei no brechó perto de casa... Fiquei pensando, que tipo de pessoa usou, e porque motivos vendeu um terno que pelo menos para os meus padrões de beleza, esta perfeito... Foram os cinco reais mais bem empregados em toda a minha vida, pois as lembranças felizes que tenho do dia que me vesti de homem usando o que na época era meu novo terno velho, não valeriam nem o um milhão de reais, que o tal Alemão ganhou no BBB.

Amor Retrô

Olhando aquela velha foto de 1982, em que aparecem minha mãe de noiva , e meu avô com aquele terno axadreizado, eu sinto saudades de uma época que nem vivi...

É um verdadeiro amor retrô pela doçura da mamãe e a breguice do vovô.

Feminismo

O que as vezes me dá raiva é que muitas pessoas tem o hábito de confundir o ânus com as têmporas, principalmente quando o assunto é feminismo. Acontece que, o que a maioria das pessoas faz é transformar um movimento ideológico, social e político que visa a equiparação da mulher ao homem na sociedade, em um ideário que ao meu ponto de vista nada mais é do que um machismo ao avesso, sem pênis, com seios e produzindo progesterona. Que fique claro, o feminismo não é o mesmo que o femismo. Alguém que se diga feminista e saia por ae utilizando de preconceitos e dizendo que mulher é melhor que homem, não passa de alguém que precisa rever melhor seus conceitos. A nossa luta (feministas) é por uma sociedade sem disputa de poder relacionado ao sexo, uma sociedade menos desigual e injusta. Mas acho que muita menininha por ae, que sai queimando sutiã e se achando rebelde, não passa de uma desprovida de massa cefálica, que antes de falar bobagens devia primeiro aprender o caminho da casa para a escolinha...

Me disseram que...

amar é para amadores, e não adianta negar.

As Cem Suradas de Atenas

Antes de mais nada, é preciso que o leitor compreenda que a história que contarei, é verídica mesmo sendo inventada. E que ela foi passando de mãe para filha durante séculos e séculos, para que jamais as mulheres do mundo esquecessem Helena...
Então querido leitor, sendo você homem ou mulher, preste muita atenção a essa história, porque toda história mesmo sendo contada várias vezes só é contada uma vez. E a versão feminina desta (que aliás, só poderia ser feminina, já que eu sou mulher e ouvi a história de minha mãe que ouviu de minha avó) é tão triste quanto os olhos de Péricles ao descobrir que jamais teria Helena.
Acontece, que há muitos e muitos anos, mais precisamente em 506 a.C., na pródiga cidade de Atenas, havia uma mulher, e essa mulher era a mais linda e inconformada de toda a Grécia. Como todos devem saber, Atenas, que era o centro cultural, político e econômico dentre as pólis, era também uma das sociedades mais machistas do mundo Grego (um grande paradoxo). E isso deixava a jovem Helena cada vez mais inconformada. Numa noite ela orou para que a deusa Atenas, lhe desse sabedoria para lutar contra uma sociedade tão injusta que subjugava as mulheres. Atenas ouviu o pedido da jovem e a fez líder de um grupo de cem Suradas, cem soldadas do ideário feminista, que lutariam para que homens e mulheres tivessem direitos iguais... Sabe-se que Péricles, apaixonou-se por Helena, que o rejeitou por amar uma das Suradas, como vingança Péricles reuniu mil homens que mataram cada uma das cem, e por fim sua líder, antes mesmo destas espalharem suas idéias ao mundo.
Mas, o que Péricles não previa é que uma delas sobreviveu, fugiu, e contou sua história para sua filha, na esperança de que um dia, fosse naquela vida ou em outra, homens e mulheres, fossem tratadas igualmente...
Séculos e séculos se passaram e ainda hoje, algumas decendentes daquela surada, continuam a lutar... Mas, até quando!?
Chico Buarque de Hollanda ainda não sabia essa história quando cantou: "Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas. Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas. Quando amadas, se perfumam. Se banham com leite, se arrumam. Suas melenas. Quando fustigadas não choram. Se ajoelham, pedem, imploram. Mais duras penas. Cadenas."
E muitos ainda não sabem...